sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

No caminho

O Universo conspira,
E eu respiro, inspiro,
E transpiro...
O Universo pune.

E eu em suspense,
Condicionado,
Sinto-me amoral,
Aético, moderno, burocrático...
Democrático.

Sinto-me um sobrevivente indigente.
Um Sem-Teto do meu próprio Universo.

E fico perplexo,
Melhor, atordoado
Com o destino meu que vislumbro
Neste dia chuvoso de dezembro.

Vejo, no caminho, um abismo que não há aí fora,
Um abismo que somente há em mim.
Um espaço em mim triste, desabitado,
Roubado.
Um vazio meu.

Este abismo que é fim,
Apesar de ficar a meio
É um lugar complexo,
Repleto, completo
De fugazes manifestações,
E de reais anseios...
É, no fundo, um vazio cheio.