sexta-feira, 30 de maio de 2008

Hoje, distante, relembro os tempos em que somente a brisa do mar a bater no meu rosto fazia com que minha alma a plenitude pudesse encontrar.

Relembro os dias primaveris de céu claro e ventos brandos.

Não me esqueço dos dias chuvosos em que a saudade não dava trégua e meu único refúgio era pensar em ti...

E sinto, como se aí estivesse, o frio frio do inverno, que tanto me fez tremer de solidão!

E ainda hoje vive em mim, aquela época em que o sol esquentava minha pele, e eu, quando sentado à beira da varanda, com as cortinas brancas a cortarem meus olhares para o eterno mar, bebia e cantava alegremente para esconder o sofrimento de saber que viver aquele momento era apenas mais uma obrigação para atenuar a minha dor de ser.

Cruzada Espiritual.

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