sexta-feira, 30 de maio de 2008

Impossível é ouvir minha própria voz
Nesses dias em que estou completamente surdo,
Todas as causas e todas as coisas
Caem no meu vão ser.

E elas gritam
Como se estivessem perdidas,
Pior, famintas
E com sede de viver.

Mas não lhe dou ouvidos,
Sequer os tenho,
Nesses dias sombrios,
Sequer há candeeiros.

E tento-as fazer calar
Tenho a minha própria pá,
Tento-as enterrar... em vão,
Daqui a dias hão todas de voltar.

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