domingo, 19 de outubro de 2008

Náufrago

Por entre meus mares,
Minha Alta Vela surge
Num navegar embalado
De mim mesmo.

Cruza e conheçe minha Nau
Meus monstros entorpecidos,
Minhas cavernas rochosas,
E meus abismos indefinidos.

E navega ainda
Por entre minhas mais distantes ilhas...
Inóspitas,
Desconhecidas.

Mas minha Nau espera agora ancorada,
Por apenas um lúcido sinal meu,
De vida, de humanidade...
De saudade.

Também sou um náufrago de mim mesmo
Esquecido em uma ilha minha qualquer,
Cercado por eternas barreiras de corais,
E a sonhar, constantemente, com as grandes
Caravelas Existenciais.

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