Nesta minha existência permeada por vazios,
Lacunas, hiatos, desfiladeiros, abismos,
Precipícios, bifurcações, trifurcações...
Vem mesmo a calhar a aurora,
Pois neste momento, quando olho e nada vejo,
Penso em esquecer,
Mas na verdade somente quero lembrar,
Eu quero ver!
E sinto que a Hora nunca é minha,
É sempre de outrem.
Vejo os dias passarem a além,
E sofro por não ter ninguém,
Alguém,
Que pudesse ouvir meu choro escondido,
E que me lembrasse estar eu ainda vivo.
Talvez seja este mesmo o meu destino,
Talvez seja isto que eu deveria ver,
E crer.
Mas sou humano demais,
Não consigo ver e crer ser meu fardo assim,
Tão pesado...
A solidão é um estado que me incomoda,
E eu já não sinto nada agora...
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